Talvez

20/01/2015 10:47

"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais, mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida, mas farei com que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Posso não ter mais forças para realizar todos os meus ideais,  mas jamais irei me considerar um derrotado.

E, se em algum instante eu vier a sofrer uma terrível queda, não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar.  Ai então, optarei por me banhar na chuva.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça,  mas jamais assumirei o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos, mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

E, se em uma dessas noites frias, eu derramar muitas lágrimas, não terei vergonha por esse gesto.

Mesmo se enganado algumas vezes, jamais deixarei de acreditar que, em algum lugar, alguém mereça minha confiança.

Com o tempo, perceberei que cometi grandes erros,  o que não impedirá que eu siga trilhando meu caminho.

Com os anos possivelmente eu perca grandes amizades, mas aprenderei que aqueles que são meus verdadeiros amigos, sempre vão estar ao meu lado, e nunca estarão perdidos.

Talvez alguns até queiram o meu mal, mas independente disso, continuarei plantando  a  semente da fraternidade por onde passar.

Posso ficar triste ao sentir que não consigo mais seguir o ritmo da música. Nesse caso, então farei com que a música acompanhe o ritmo dos meus passos.

E, se não conseguir enxergar mais um Arco-Íris, aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco, mas amanhã recomeçarei, nem que seja de uma maneira diferente.

Posso não aprender todas as lições necessárias, mas terei a consciência de que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Ainda que eu não tenha motivos para grandes comemorações, nunca deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Nunca terei por companheira a vontade de abandonar tudo, e correrei sempre atrás daquilo que almejo.

Não sou o que realmente gostaria de ser, mas passarei a me valorizar, e admirar quem sou.

Ao final, saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.

“E se ainda não me convenci disso, é porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.”

 

(Aristóteles Onassis)