MENSAGEM DE MIRAMEZ

16/01/2015 10:17

Queridos Irmãos,
Voltando nossos olhos para o infinito, não temos enxergado, até hoje, nada além de nuvens e estrelas que nos povoam os dias e as noites. 

Alguns poucos, porém, no decorrer da milenária história humana, têm perscrutado mais profundamente este espaço imenso que se nos avizinha e encanta desde a mais remota antiguidade, buscando respostas para suas indagações mais íntimas e instintivas.

Infelizmente, esses pioneiros foram quase sempre boicotados em seus estudos e descobertas, freados pelas egocêntricas paixões humanas.

Entretanto, o processo de expansão e emancipação espiritual do seres da Criação continua ininterrupto e, independentemente da vontade desviada das civilizações, caminha cada vez mais em direção ao que chamamos de "infinito".

Mais instintivamente do que conscientemente ainda, o homem continua buscando no "infinito" incompreendido as respostas que não encontra no mundo finito que o rodeia. De certa forma, esta busca já se dá de forma mais aberta, embora a sua própria mentalidade ainda o amedronte com concepções ilusórias, dificultando-lhe o caminho psíquico que se lhe descortina neste final de milênio.

A humanidade da Terra vai, aos poucos, despertando para a lógica clara e humilde de que quanto mais conhecemos do Universo, mais temos a estudar, descobrir e compreender, e, consequentemente, quanto maior se nos apresenta o espaço cósmico, mais razoável nos parece que não sejamos somente nós a habitá-lo.

Há, porém, um pequeno empecilho que nos incomoda e com o qual ainda não sabemos exatamente como lidar: quem seriam, como seriam, onde estariam e como nos comunicaríamos com estes nossos "vizinhos" cósmicos?

Baseados em visões egoístas de relacionamento interpessoal, imaginamos que estes vizinhos poderiam ser hostis e até mesmo perigosos.
Dificilmente pensamos que vizinhos podem também ser hospitaleiros, fraternos e prestativos, por mais estranhos que aparentem ser.

Deus não cria nada sem utilidade. Tudo tem uma finalidade específica em sua obra perfeita. Teria Ele criado astros e estrelas apenas para nos enfeitar os horizontes? 

Teria Ele colocado sistemas e galáxias ao nosso redor apenas para nos distrair e entreter a curiosidade? Teria Ele, enfim, disposto o Universo da forma que é apenas para que pudéssemos
brincar de adivinhação, criando jogos e supostas ciências?

Não! A razão desperta e saudável não concebe tal conduta divina!
Aquele que reconhecemos como o nosso Criador é muito mais do que um acaso ou
uma mera vontade aleatória: Ele é a causa lógica e primordial de tudo o que existe, regendo toda a sua obra com sabedoria, justiça e amor infindáveis.

Até hoje temos tentado trazer Deus para o nosso mundo, tentando conformá-lo segundo as nossas interpretações e interesses mesquinhos e limitados. O processo natural, porém, é justamente o inverso. Somos nós que o devemos buscar, encontrar e compreender em tudo o que Ele tem criado eternidade afora, pois Ele está em tudo.

E como fazer isso sem que nos debrucemos, sinceramente interessados e humildes, sobre a janela que Ele amorosamente nos abre através da sublime doutrina dos espíritos, sejam esses espíritos daqui ou de mais além?